

Seja bem vinda(o) à plataforma de
"Exposição Virtual - A doce Matéria Mater".
Aqui você terá acesso à obras de arte, feita por mães-artistas de todo o Brasil. Temos uma página para cada linguagem. Fique à vontade e tenha uma ótima experiência virtual.

Carolina Galgane
Idealizadora e coordenadora da curadoria
Conheça um pouco sobre as curadoras da exposição virtual.

MINIBIO
Aline Teixeira é artista e pesquisadora da dança. Professora dos cursos de graduação em dança da UFRJ. Mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes – EBA/UFRJ. Vem ao longo dos anos desenvolvendo pesquisa a partir de questões referentes à imagem do corpo nos processos de construção do gesto na dança, enfatizando aspectos como a deformação e a dissociação das partes do corpo. Coordena os Projetos Corpo Estranho e Coletivo Urbano. É assistente de direção e preparadora corporal da Cia Híbrida desde 2007, tendo participado de todas as suas produções.
PROCESSO DE CURADORIA
Meu nome é Aline Teixeira. Me apresento como artista, pesquisadora e professora na área da dança. Mas nos últimos anos, ser mãe tem sido das experiências mais desafiadoras e reveladoras que já vivenciei. Participar assim, da curadoria de uma exposição virtual que propunha trazer o olhar para obras de artistas-mães se mostrou tão desafiadora e reveladora como a própria experiência maternal, além de uma responsabilidade ímpar. Ter contato com obras realizadas em diferentes linguagens a partir da temática da maternidade trouxe à tona experiências singulares em um assunto muitas vezes dimensionado coletivamente. Considero esse projeto de grande relevância, pois valoriza e estimula a produção artística dessas mães, comumente engolidas pela falta de tempo e de incentivo. A dificuldade de ser mãe e artista em uma sociedade que não só invisibiliza o trabalho materno, mas de todo o entorno, que dispõe cuidar da família e do lar, também coloca o peso da obrigação da maternidade.
A mulher-mãe passa de corpo desejado e controlado, a receptáculo deformado e rejeitado. É um processo doloroso de desidentificação e uma busca por um reencontro consigo mesma. Contradição é palavra presente. Do amor mais puro e intenso a violência cotidiana naturalizada, podemos perceber tantas intensidades diferentes refletidas nas obras selecionadas. Espero sinceramente que esta exposição seja um convite a um olhar mais empático para essas mulheres que se reinventam continuamente na arte-vida. Agradeço imensamente a Lamira por poder partilhar desse lindo projeto e ressalto ainda a importância da troca entre as curadoras em um processo de escuta atenta e respeitosa que culminou em discussões tão frutíferas e enriquecedoras. Saio dessa experiência mais sensível e mais desejosa por conhecer mais trabalhos dessas mulheres mães artistas incríveis!

MINIBIO
Juana Miranda é bailarina, atriz, produtora cultural e diretora de experiência. Com especialização em Gestão Cultural com foco em Produção pela UnB/MinC (2008), tendo produzido diversos projetos de diferentes linguagens de forma autônoma e pela CHANG Produções, empresa especializada na cultura que dirige desde 2011. Com especialização em Direção Teatral pela Faculdade Dulcina de Moraes (2018), vem se dedicando à direção desde 2017, quando criou o KOH - Núcleo de Pesquisa da Cena. Dirige espetáculos, shows e videoclips. Idealizadora da Residência MEU LUGAR e do livro O OLHAR NA DANÇA, que entrevistou 30 coreógrafos brasileiros de dança contemporânea com grupo, sobre processo criativo e dramaturgia. Hoje está cursando o Mestrado em Dança da UFBA, onde aprofunda suas pesquisas em direção e dramaturgia. Acima de tudo, Juana é mãe solo de uma linda bailarina de 7 anos, que transforma o mundo onde passa. As duas são mais que parceiras, companheiras de muitos projetos, camarins, sonhos e vontades de mudar o mundo. "Ensinar uma criança a olhar o mundo pela arte e pelo movimento, pois a dança move meu corpo, é um verdadeiro presente e missão."
PROCESSO DE CURADORIA
"Primeiro parabenizo pela idealização e defesa do projeto A DOCE MATÉRIA MATER. Ele é de uma importância enorme, traz um tema de necessária discussão no mundo. Estar participando na curadoria da primeira edição foi um presente pra mim, presente por fazer parte da equipe, presente por poder ver tantas obras singelas e tocantes com poros abertos, presente por me fazer refletir o meu papel de mãe e artista, presente por debater com o grupo minha opinião e argumentos que tive que ter defendendo cada trabalho. Hoje, sou outra mulher, atravessada ainda mais por esse projeto, ciente que esse tema é uma ação necessária de transformação, para mães se sentirem acolhidas, menos sozinhas, para artistas mães se sentirem encorajadas de continuar lutando, para todos os outros seres humanos que não passaram pela maternidade entendam um pouco mais dessa realidade. Mulheres de mãos dadas, de coração quentinho, assim me sinto agora, mesmo estando em outro estado, outra cidade."